
Uma celebração ao centenário do arquiteto que reinventou a capital mineira. A mostra Niemeyer 100 Anos - Lembrança de Belo Horizonte foi aberta nesta terça-feira, 4 de setembro, pelo prefeito Fernando Pimentel no Espaço Municipal da Prefeitura, como mais uma homenagem da cidade a Oscar Niemeyer. Além da mostra, a produção vanguardista do arquiteto é reverenciada com marcos instalados pela administração municipal em cada uma das suas dez obras em Belo Horizonte - os totens reproduzem um homem e um olho, traços presentes em todos os croquis de Niemeyer.
Os marcos estão em vários pontos da cidade que abrigam a genialidade do mestre da arquitetura moderna. Na Pampulha, a Casa do Baile, a Igreja de São Francisco, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa Kubitschek e o Iate Clube. Na região central, o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade; o Edifício JK, na Rua Timbiras; o ex-prédio do Bemge, na Praça Sete; e a Escola Estadual Governador Milton Campos (Estadual Central), no Bairro Santo Antônio. "A Pampulha foi o início de tudo. Temos este privilégio. Somos a cidade onde Niemeyer começou a construir a arquitetura moderna, que hoje influencia o mundo inteiro e por isso temos que comemorar o centenário deste grande arquiteto", afirmou o prefeito.
Durante a cerimônia, que contou com a presença de agentes culturais, arquitetos , políticos, cônsules e embaixadores, a diretora do Museu Histórico Abílio Barreto , Thaís Pimentel, anunciou que a Prefeitura vai transformar a Casa Kubitschek, projetada por Niemeyer, na Unidade Pampulha do MHAB. "A casa será aberta para a população como espaço museológico mas ela terá traduzida, no seu interior, a forma de morar característica dos anos 50 na cidade. Além disso, vai abrigar também a história da região da Pampulha ", explicou.
O prefeito Fernando Pimentel definiu a mostra, que poderá ser apreciada até o mês dezembro, como um catálogo das obras do arquiteto. "O trabalho do Niemeyer é uma espécie de refundação da cidade na década de 40 quando, inspirado pela genialidade política de Juscelino, você tem o encontro de três grandes artistas: Niemeyer, Portinari e Burle Marx, que nos deixam o legado da Pampulha", traduziu. A Prefeitura está também homenageando o arquiteto com a exposição itinerante "Oscar Niemeyer: arquiteto, brasileiro , cidadão" montada no Museu de Arte da Pampulha até o dia 23 e no Palácio das Artes até o dia 16 deste mês.
[Análise] Muito interessante a exposição sobre a vida e obras de Niemeyer neste ano do seu centenário, aqui em BH, pois como já foi dito, o marco inicial que alavancou sobremaneira o nome de Oscar Niemeyer como um arquiteto genial, foi o projeto arquitetônico da Pampulha. Além disso, BH ganhará mais um museu: A Casa Kubitschek.
[Proposições] Levar crianças da rede municipal de ensino para uma visita guiada à exposição e depois um tour, também guiado pelos locais das obras, para que estes possam ver, in loco, o que viram apenas em fotografias e que as mesmas pudessem apresentar relatórios sobre a experiência da visita, comparando os prédios "comuns" com os de Niemeyer.
2 comentários:
seria muito legal inclusive colocá-las para conversar com moradores, para ver o que eles acham de morar num "niemyier"
Interessante sua proposição, até porque nós, "simples mortais", não imaginamos as implicações e limitações do que é morar num "Niemeyer".
Vale a pena ?
E o contexto de morar num edifício projetado por uma verdadeira "lenda viva" da arquitetura ?
Eles(os moradores)se dão conta disso com que freqüência ?
Fiquei curioso...
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